terça-feira, 17 de julho de 2012

Living Things aos olhos (e ouvidos) de uma fã


Capa do álbum Living Things

O quinto álbum de estúdio do Linkin Park foi uma promessa dos próprios integrantes de “retornar às raízes da banda”, só que não. A intenção pode ter sido voltar àquele estilo que trouxe reconhecimento e muitos prêmios, mas Living Things não caminha muito por esta vertente. Para quem desejava um cd cheio de Numbs, Crawlings e In The Ends, LT foi um balde de água morna...
Porém, Living Things não deixa de ser uma obra prima muito bem produzida. Em comparação aos dois últimos álbuns – Minutes to Midnight e A Thousand Suns – LT é bem superior. Faixas melódicas em contraste com guitarras e muitas batidas eletrônicas fazem do álbum o terceiro melhor do Linkin Park. Claro, impossível considerar Living Things melhor que Hybrid Theory e Meteora (meu querido favorito).
Mike Shinoda, entretanto, se superou. Além de co-produzir o cd, ao lado do renomado Rick Rubin, Shinoda evoluiu muito bem vocalmente. O faz-tudo da banda é, definitivamente, uma peça a parte em Living Things e sua maturidade profissional é claramente notória. Chester Bennington, esse sim retorna ao que era no início do LP. Seus belos e agudos gritos se fazem inconfundíveis e rememora com êxito os bons tempos do início dos anos 2000. O fato é que, embora a promessa da banda não tenha sido cumprida de todo, Living Things é mais um trabalho memorável e, literalmente, lindo.
Living Things já começa, de cara, com uma das melhores faixas. Lost In The Echo tem cara de single e merece um clipe, justamente por ser uma das mais linkinparkianas do álbum.
A segunda canção mantém a qualidade, com mais uma pitada da essência real do Linkin Park: In My Remains (para mim a melhor música de LT), relembra muito bem o início da banda, mais especificamente Meteora. É melódica, mas vai ficando violenta gradativamente. É uma balada que tem cara e poder de sucesso.
Burn It Down foi o primeiro single do cd, ganhou clipe e foi até tema de um dos teasers dos playoffs da NBA. A espera pela primeira música a ser divulgada frustrou a maioria dos fãs, que desejavam algo mais agressivo. BIT é 80% eletrônica. Porém, caiu fácil nas graças de todos.
Video promocional da NBA com a música Burn it Down

O segundo single de LT, que á a quarta faixa do álbum, pode ser considerada uma mistura de épocas. Lies Greed Misery tem elementos com jeitão de Papercut e By Myself, pela exibição de Mike e Chester, mas sua melodia soa um pouco como Blackout.
I’ll Be Gone é mais uma boa música de LT e segue o mesmo estilo de In My Remains, porém, mais suave.
A partir da sexta faixa, Castle Of Glass, LT se parece com os últimos trabalhos do Linkin Park. A música, cantada incrivelmente bem por Shinoda, pode parecer meio alheia de início, mas é bem a cara do novo LP. Torci o nariz por um bom tempo, antes de gostar de fato de Castle.
Victmized é a faixa mais pesada de Living Things, na qual se ouve muito bem a participação de Rob Bourdon e sua bateria. Entre os fãs, é uma das preferidas, mas para mim falta algo. Talvez um pouco mais de letra...
Roads Untraveled é uma faixa de Minutes to Midnight perdida em outro álbum! Tudo nela se parece como as canções do MTM, mas não deixa de ser uma bela música.
Skin To Bone é uma música interessante, mas assim como Victmized, falta alguma coisa, existe um vazio. Como em todo cd, existe uma música que não combina com o resto. Em LT, é ela...
Outra canção que custei a gostar é Until It Breaks. O que me conquistou foi a parte em que Brad Delson (!!!) canta. E que voz! Agora, ela é uma das minhas queridinhas, pois tem todo o pacote LP: rap, um refrão do Chester, ótima melodia e umas transições bem loucas.
Tinfoil é a faixa instrumental do álbum, marca registrada da banda. Aqui, posso afirmar que em comparação com Cure For The Itch e Session, Tinfoil é bem melhor. Música gostosa de ouvir.
Agora, se existe uma coisa da qual o Linkin Park entende é em como fechar um álbum com chave de ouro. Em TODOS os CDs, ás últimas músicas são uma das melhores. Powerless que faz parte da trilha sonora do filme Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros, é suave e impactante ao mesmo tempo. É aquele tipo de música que entra na gente e parece que aquece o coração. Já sentiu isso?
Clipe Oficial de Burn it Down

Camila Piacentini

domingo, 8 de julho de 2012

Santo de casa faz milagre!


Sabe aquela história de que "nem tudo o que é bom vem de fora"? Eu concordo plenamente, e esse "de fora" não quer dizer que é algo internacional. Como músico amador, sempre apoiei e procurei ficar por dentro do que rola de música na minha cidade, e todos deveriam fazer o mesmo.

Apresento essa semana uma banda piracicabana, mas que nem parece mais pertencer ao interior, já virou música de gente grande.

Estou falando de Canaiera!

A primeira vez que ouvi falar deles foi em 2006, na época, eles tocaram num festival de bandas que aconteceu no Teatro São José. Já de cara, o refrão de Filhos do Brasil, composição mais antiga do grupo, ficou na minha cabeça por muito tempo.

Voltei a ouvir falar da banda no ano passado, quando minha banda (Esboço) e Canaiera tocaram no Trote Ecológico da Unimep. Depois disso passei a frequentar os show deles no Estação Cultural, que já se tornou a segunda casa do grupo, que demostra estar muito à vontade no ambiente, que sempre fica lotado quando a atração é o reggae dos piracicabanos.

Capa do álbum "Canaiera"
A banda surgiu como muitas, alguns amigos de escola se reunindo pra fazer um som e se divertir. Acredito que a amizade entre os integrantes e a diversão em tocar fazem qualquer banda dar certo, e é o caso deles.

Depois de mais de cinco anos de banda, a rapazeada lançou no ano passado, no dia 11/11/11 (excêntrico, né?), o seu primeiro álbum, que leva o nome da banda. Quer saber? É um trabalho de primeiro mundo, semelhante ao trabalho de grandes bandas e gravadoras.

O álbum começa com a música "Direção Contrária", letra de primeira e musicalidade tão boa quanto.

O que chama atenção no álbum todo (e no show) é a presença de uma banda completa. Os arranjos de metais fazem toda diferença pra uma banda de reggae (minha opinião), e levar isso pra fora do estúdio deixa as apresentações ao vivo muito mais atraentes.

Voltando a falar do disco, eu curto muito, está sempre comigo no carro e tenho certeza que, se você curte reggae, vai fazer o mesmo.

A faixa "Teu Olhar" é perfeita pra mostrar pra aquela menina que você está afim (haha), e a faixa seguinte, "Filhos do Brasil", já é um clássico deles, de longe é a mais cantada pelo público. Como bom brasileiro e patriota, eu canto o refrão com bastante convicção.

"Eu amo meu país, o que eu quero é ser feliz, vou à luta assim como sempre fiz,
Eu luto pela paz, vou em busca de algo mais, é a leveza que só o verde me traz"

Pra fechar as dicas musicais desse álbum, vale se atentar para "Canto em cores", particularmente minha preferida. Não adianta nem falar muito sobre ela, vale a pena vocês ouvirem, e nesse caso, verem. O vídeo é de uma apresentação deles no Sesc Piracicaba.


Canaiera - Canto em Cores

Outra coisa, as versões que eles fazem de músicas de artistas como Bob Marley, Natiruts, Paralamas do Sucesso e SOJA ficam muito boas, em alguns casos, melhores que as originais, mas isso já é outra história.

Quer o CD? Está à venda na Nobel do Shopping e da Unimep e na Fractal, além de eles mesmos venderem nos shows que fazem. Também é possível fazer o download de todas as músicas no site deles no Toque no Brasil. www.canaiera.tnb.art.br, lá tem fotos e mais sobre eles.

Quer ver ao vivo? Nessa quarta-feira (11 de julho) eles vão tocar no Estação Cultural, ótimo programa pras férias ociosas: curtir um reggae no meio da semana! E esse show contará com a abertura e o aquecimento da galera por conta da banda Esboço! hahaha



É isso então pessoal, na próxima semana teremos a participação de uma colega de profissão (estudante de jornalismo, hahaha). A banda Linkin Park lançou novo álbum recentemente, e ela, como boa fã, vai falar um pouco sobre o novo trabalho deles.

Aquele abraço, até mais!